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Escorpiões

Escorpiões

Um dos aracnídeos mais evitados. Sim, pequeno e amedrontador pelo potencial de dano à saúde devido ao veneno. 

Os escorpiões tem aparecido com mais frequência na área urbana devido ao aumento do desmatamento, principalmente. Eles surgem em residências, escritórios, depósitos ou qualquer local que ofereça abrigo e alimento. 

São considerados pragas urbanas, pois constituem o principal grupo responsável por acidentes dentre os animais peçonhentos no Brasil e outros lugares. Daí sua importância em saúde. 

 

O QUE ACONTECE QUANDO ALGUÉM É PICADO?

No local da picada:
A dor é o principal sintoma, surge poucos minutos após a picada e está presente na maioria dos casos. Logo após o surgimento da dor, podem surgir vermelhidão, sensação de formigamento, eriçamento dos pelos e sudorese.

Em outras partes do corpo:
Pouco tempo depois do aparecimento dos sintomas no local da picada, o veneno pode ser absorvido na circulação sanguínea e causar manifestações sistêmicas, particularmente em
crianças. 

São sinais de alerta: 

  • Sudorese em todo o corpo, agitação, hiper salivação, náuseas e vômitos.
  • Com a evolução do quadro, pode haver hiper ou hipotensão arterial, arritmia cardíaca, edema agudo pulmonar e choque.

 

PRIMEIROS SOCORROS

O que fazer:

  • lavar o local com água e sabão
  • aplicar compressa morna no local
  • procurar o serviço de saúde mais próximo

O que não fazer:

  • não colocar gelo ou água fria no local da picada;
  • não fazer torniquete ou garrote;
  • não furar, não cortar;
  • não fazer sucção com a boca no local da picada;
  • não passar nada no local da picada (álcool, querosene, fumo, pó de café);
  • não ingerir bebida alcoólica, álcool, querosene, gasolina ou fumo.

 

TRATAMENTOS

O tratamento no serviço de saúde

A conduta médica depende da presença das manifestações clínicas. Nem todos os pacientes necessitam tratamento com antiveneno. Na maioria dos casos, as manifestações clínicas se restringem ao local da picada.

Tratamento sintomático
Dependendo da intensidade da dor, podem ser utilizados:

  • anestésico sem vasoconstritor, como lidocaína, em infiltração na região da picada;
  • analgésico sistêmico; 
  • compressa morna local.

Tratamento de suporte
Na presença de manifestações graves, pode ser necessário instituir medidas de suporte em unidade de cuidados intensivos, para controle da pressão arterial, monitoramento cardíaco, ventilação mecânica, dentre outras.

 

CURIOSIDADES

Do que se alimentam?

Alimentam-se de animais vivos como baratas, grilos, aranhas e pequenos vertebrados. Quando encontram condições favoráveis, as espécies se domiciliam com facilidade.

Onde são encontrados?

São comumente encontrados em ambientes externos e no interior dos imóveis onde haja refúgio e alimento, tais como:

  • terrenos baldios com mato, entulho ou lixo;
  • locais com material de construção;
  • galerias de águas pluviais e esgoto, canais, bocas de lobo;
  • caixas de passagem e de gordura;
  • caixas e pontos de energia;
  • lixeiras e/ou fosso de lixo.

Hábitos

Os escorpiões são animais terrestres e a maioria tem hábitos noturnos.

Principais predadores

Os principais predadores são: galinhas, sapos, lagartos, camundongos, algumas aranhas, corujas e outras aves de hábitos noturnos.

 

PRINCIPAIS ESPÉCIES CAUSADORAS DE ACIDENTES NO BRASIL

Tityus serrulatus (escorpião-amarelo)

Tityus bahiensis (escorpião-marrom)

Possui as pernas e cauda amarelo-clara, e o tronco escuro. A denominação da espécie é devida à presença de uma serrilha nos 3º e 4º anéis da cauda. Mede até 7 cm de comprimento. Sua reprodução é partenogenética, na qual as fêmeas se reproduzem sem a necessidade da presença de um macho. Cada mãe tem aproximadamente dois partos por ano, com cerca de 20 a 25 filhotes cada.

 

Está distribuída praticamente em todo o Brasil, com exceção de alguns estados da região Norte.

Possui a coloração marrom, o tronco escuro,pernas e palpos com manchas escuras e cauda marrom-avermelhada. Não possui serrilha na cauda, e o adulto mede cerca de 7 cm. O macho é diferenciado por possuir pedipalpos volumosos com um vão arredondado entre os dedos.

 

Tem sua presença registrada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.

 

 

 

 

 

Tityus stigmurus (escorpião-amarelo-do-Nordeste)

Tityus obscurus (escorpião-preto-da-Amazônia)

Possui coloração amarelo-claro. Assemelha-se ao T. serrulatus nos hábitos e na coloração, porém apresenta uma faixa escura longitudinal na parte dorsal do eu mesossoma, seguido de uma mancha triangular no prossoma. Também possui serrilha, porém, menos acentuada, nos 3º e 4º anéis da cauda. Sua reprodução pode ocorrer por partenogênese, o que, assim como para Tityus serrulatus, facilita no crescimento da população e na sua dispersão. Originalmente conhecido apenas na região Nordeste do Brasil, atualmente também é registrado nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

 

 

Quando adultos, possuem coloração negra, por vezes avermelhada, podendo chegar a 9 cm de comprimento. Quando jovens, a coloração é bem diferente, com o corpo e apêndices castanhos e totalmente manchados de escuro, podendo ser confundidos com outras espécies da região amazônica. Macho e fêmea são bem distintos, sendo que o primeiro apresenta os pedipalpos bastante finos e alongados, assim como o tronco e a cauda, em relação à fêmea.

 

 

 

 

O CONTROLE DE ESCORPIÕES

As atividades de controle envolvem:

  • busca ativa de animais, ou seja, a coleta e remoção dos escorpiões do ambiente, seja em áreas internas de edificações ou externas;
  • limpeza dos ambientes para diminuição das baratas, tornando o ambiente desfavorável à sobrevivência e proliferação dos escorpiões.

As atividades de controle devem ser realizadas com equipamentos de proteção individual apropriados e, no caso de coleta em período noturno, lanternas de luz ultravioleta que facilitam a visualização dos animais.
É fundamental que a vigilância e controle sejam contínuos, já que os escorpiões conseguem sobreviver em condições adversas por períodos prolongados. Além da carapaça que funciona como escudo, os escorpiões possuem vários órgãos sensoriais que permitem a eles se adaptar a variações climáticas ou à presença de componentes nocivos no ambiente - como inseticidas.
Assim, a aplicação de produtos para controle químico, se realizada, deve levar em conta esses mecanismos de proteção dos escorpiões. O monitoramento de eventuais efeitos tóxicos decorrentes do contato com compostos químicos é indispensável para garantir a segurança das pessoas e o equilíbrio do meio ambiente.

 

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Para evitar acidentes:

  • sacudir roupas e calçados antes de usá-los;
  • não colocar as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres;
  • uso de calçados e de luvas de raspa de couro para manusear jardins, entulhos e materiais de construção;
  • afastar as camas e os móveis das paredes;
  • evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão;
  • evitar pendurar roupas nas paredes e portas.

Para evitar a proliferação:

  • manter jardins e quintais limpos;
  • evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico, material de construção nas proximidades das casas;
  • evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbustos, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas e manter a grama aparada;
  • limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos numa faixa de 1 a 2 metros das casas, pelo menos;
  • vedar as soleiras das portas e janelas quando começar a escurecer, pois estes animais, na sua maioria, apresentam hábito noturno;
  • vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e paredes, consertar rodapés despregados, colocar saquinhos de areia nas portas, colocar telas nas janelas;
  • vedar ou colocar telas em ralos do chão, pias e tanques;
  • combater a proliferação de insetos, pois são os alimentos preferidos de aranhas e, principalmente escorpiões;
  • acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes que possam ser mantidos fechados, para evitar insetos, principalmente baratas;
  • preservar os inimigos naturais de escorpiões e aranhas: aves de hábitos noturnos (coruja), lagartos, sapos, galinhas (principalmente galinha d'angola), gansos, macacos, quatis.